Boas Novas

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A Rabiola no PIPA

Aqui, em 23 de outubro de 2019, iniciamos uma série, contando histórias que vivi ou conheci, sobre música, artistas, cultura, personalidades em Botucatu e ligados a minha trajetória de vida e arte. Visite a seção especial Memória, para consulta desses materiais. Boas leituras!

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Em 2006 o Governo do Estado de São Paulo lançou o PAC - Programa de Ação Cultural que depois seria rebatizado de Proac, acredito que para não competir com o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, instituído pelo Governo Federal. No mesmo ano, eu e o Cláudio Fazzio elaboramos e fomos contemplados no edital de festivais do PAC com o projeto do Botucanto, o que representou um passo enorme no fortalecimento e crescimento do saudoso e querido Festival Botucatuense da Canção. O Secretário de Cultura de Botucatu na época, prof. Luiz Roberto de Oliveira, vinha num processo de buscar democratizar os meios culturais, inclusive dividindo a gestão com assessorias de trabalhadores da cultura em diversas vertentes. Participei desse processo junto com a Cláudia Bassetto, a Jenifer Donida e o Marco Pinheiro. Embalados pelo sucesso na realização do Botucanto em 2007, com acesso a recursos públicos por meio de editais, começamos a gestar a ideia de um programa municipal semelhante ao PAC. Ainda em 2007 pusemos o PIPA no ar - Programa de Incentivo à Produção Artístico-Cultural, pomposamente batizado e apelidado por este que vos escreve com direito ainda ao slogan “dando linha e visibilidade à arte e a cultura”. Naquele ano não conseguimos constituir o programa formalmente, em forma de lei, mas foi o primeiro edital público municipal na área da arte e da cultura. Em 2009 assumi como Secretário de Cultura e com o Daniel dos Santos na assessoria, elaboramos o PIPA na forma da lei, e dessa forma constituiu-se legal, formal e oficialmente o programa, ainda em 2009. No final de 2016 deixei a Secretaria e voltei ao fazer artístico. Desde então fui contemplado em editais do Max Feffer, do SESI, do SESC, do Proac e da Lei Aldir Blanc, mas foram 6 anos de longa espera para poder como artista e trabalhador da cultura, participar e concorrer à recursos públicos e poder realizar um projeto artístico-cultural pelo PIPA.    Curiosamente, batizei o projeto de Rabiola e só quando assinei o contrato para a realização do mesmo, percebi as nuances de leveza que o mundo, que não para de girar, nos proporciona e assim, vamos adornar o PIPA que sonhamos e construímos há quinze anos passados, com o colorido da Rabiola que emana das cordas da viola.

Osni Ribeiro - músico e compositor.

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